terça-feira, 29 de março de 2011

Numa estrada II

 

Às vezes nos vemos numa estrada esbugalhada, desconhecida e interditada.
Às vezes a estrada da vida, em vez de vívida, fica sem força e estagnando.
Uma estrada escura, em neblina e gás do pântano.
É quando é hora da retomada, do plano “E”, da esticada.

Às vezes saímos para encontrar o Sol. E eu não acho minha alvorada.
No caminho, só uma fila desconsolada de carros e mentes.
E uma motosserra a reclamar e desmotivar-me às metas.

A rodovia espera ser atravessada, mas o engarrafamento trespassa o coração:
é o pessimismo a escutar e a engendrar desânimo.
Mas não foi o q’eu fui buscar. Não desistirei de sonhar;
Não é o que se via, mas o que viria e o que virá.

É hora de arrancar, de fazer a poeira subir e o pneu cantar.
É hora de a caneta espichar, o teclado dançar, as letras comer.
É hora de abraçar o entusiasmo, não ouvir as pessoas negativas.
É hora de vencer. É hora de conquistar.

É o momento do sonho.
O momento de realizar.

É o tempo de trespassar a chuva.
De sobrevoar as nuvens.
De o mundo conquistar.

É hora de amar-se, de acordar para vencer.
É hora de pela vida “reapaixonar-se”.
De assumir a direção. De reagir.
De a vitória alcançar.

Alisson Francisco Rodrigues Barreto

Maceió, 29 de março de 2011.20h58

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